sábado, 16 de maio de 2015

Garvião carcará

Etimologia

"Carancho" vem do tupi ka'rãi, "arranhar, rasgar com as unhas" . "Caracará" e "carcará" vêm do tupi karaka'rá.
 

Descrição

O carcará é facilmente reconhecível, quando pousado, pelo fato de ter uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que se assemelha à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e tem no peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo carijó/pedrês; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.
O carcará não é, taxonomicamente, uma águia e sim um parente distante dos falcões. Diferentemente destes, no entanto, não é um predador especializado e sim um generalista e oportunista (assim como os seus parentes próximos, o chimango e o gavião-carrapateiro ou chimango-branco), alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas), acompanha urubus em busca de carniça, e procura frutas.
Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador.
 

Ovo de carcará
 

Um casal de carcarás pode ser visto próximo dos humanos, por exemplo, numa área de atividade agrícola, mais especificamente, chegando a alguns metros distante de um trator que esteja arando terra, à espera de uma oportunidade de encontrar insetos e outros eventuais animais que inevitavelmente se tornam visíveis a essas aves predadoras.

Utilização nas artes e na administração pública brasileiras

A espécie ficou conhecida no Brasil em 1965 em razão da música "Carcará", de João do Vale, que era interpretada por Maria Bethânia.
A espécie também foi citada na telenovela da Rede Globo Roque Santeiro, de 1985. Na novela, "carcará" era o apelido de Roque Santeiro dado por Sinhozinho Malta, talvez por ambos serem supostamente oportunistas.
Tal espécie foi adotada no ano de 2005 para representar a Agência Brasileira de Inteligência no lugar do seu símbolo anterior, a araponga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário