Etimologia
"Carancho" vem do tupi ka'rãi, "arranhar, rasgar com as unhas" . "Caracará" e "carcará" vêm do tupi karaka'rá.Descrição
O carcará é facilmente reconhecível, quando pousado, pelo fato de ter uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que se assemelha à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e tem no peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo carijó/pedrês; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.O carcará não é, taxonomicamente, uma águia e sim um parente distante dos falcões. Diferentemente destes, no entanto, não é um predador especializado e sim um generalista e oportunista (assim como os seus parentes próximos, o chimango e o gavião-carrapateiro ou chimango-branco), alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas), acompanha urubus em busca de carniça, e procura frutas.
Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador.
Utilização nas artes e na administração pública brasileiras
A espécie ficou conhecida no Brasil em 1965 em razão da música "Carcará", de João do Vale, que era interpretada por Maria Bethânia.A espécie também foi citada na telenovela da Rede Globo Roque Santeiro, de 1985. Na novela, "carcará" era o apelido de Roque Santeiro dado por Sinhozinho Malta, talvez por ambos serem supostamente oportunistas.
Tal espécie foi adotada no ano de 2005 para representar a Agência Brasileira de Inteligência no lugar do seu símbolo anterior, a araponga.
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