sexta-feira, 1 de maio de 2015

Patos

Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatídeos
Anatídeos são aves geralmente menores que os anserídeos (gansos e cisnes) e são encontrados tanto em água doce como salgada.
Os patos alimentam-se de vegetais, moluscos e pequenos invertebrados e algumas espécies são aves migratórias. São ovíparos, como todas as aves.
Na maioria das espécies, os machos tem a cor das penas mais vistosa.
O pato é o único animal que consegue dormir com metade do cérebro e manter a outra acordada. Possui um bom senso de direção e comunidade.
 
 
Pato selvagem

Pato Selvagem    


O pato selvagem macho, tem penas verdes cintilantes da cabeça, azul furta-cor na asa e a cauda negra. A fêmea é marrom.
Os patos selvagens andam em bandos.
Os patos selvagens conquistam suas fêmeas com bonitos passos de dança.
Os machos se empurram, para conseguir a melhor posição e aparecer para as fêmeas.
Para se exibir o macho realiza uma dança,
baixando a cabeça entre os ombros e erguendo as penas da cabeça além de "cantar".
Entre grasnadas e assobios, o macho mergulha o bico na água e pavoneia-se, erguendo o peito bem acima da superfície e sacudindo a cabeça de um lado para o outro, respingando gotas de água na direção da fêmea escolhida, e as vezes dobrando o corpo em forma de U, com a cabeça e a cauda empertigadas.
A fême que se sentir atraída balança a cabeça para cima e para baixo, e para a frente, como se desse bicadas no ar.
Então os machos rivais percebem que perderam, e retiram-se, e o casal pode enfim acasalar-se.
Pato-bravo

Pato Bravo

O pato bravo pode ter até oitenta centímetros de comprimento.
Ele gosta de ficar empoleirado em árvores e faz o ninho em um oco de árvore, bem no alto.
Não gosta de andar no chão e é lento, mas voa muito bem, em grupo ou em casais.
Come muito e quase de tudo, e é preciso até ter cuidado, pois se derrubar qualquer coisa perto dele, ele come.
Quando ameaçado ataca, soprando, de cabeça baixa e batendo com as asas e os pés (de unhas afiadas).
Com os filhotes, é bastante paciente, e quando eles já podem sair do ninho, o casal traz um por um, até o chão.
Vive no Brasil e em alguns países da América do Sul e da América Central.
Também é conhecido como pato-brabo ou pato-do-mato.
pato
O Pato do Mato é uma grande ave arborícola que faz seu ninho e se empoleira bem no alto.
A terra nativa do Pato do Mato é a América tropical.
Foi domesticado pelos índios americanos bem antes da chegada dos conquistadores e levado à Europa pelos espanhóis.
Os Patos do Mato são hoje mantidos como patos d'água ornamentais e também como animais de estimação.
Possui carúnculas nodosas de um vermelho brilhante adornando sua face, e crista similar a uma juba.
Pato fotografado no parque Guinle
pato dormindo
patinhos nadando no açúde

Pato-Mudo

Espécie:Cairina moschata momelanotus
É o pato-selvagem do Brasil domesticado pelos indígenas da América do Sul.
Não existem raças realmente definidas, mas existe uma linhagem comercial branca, desenvolvida na França, com rápido crescimento, usada na produção de carne.
pato fotografado em Santa Catarina
patinhos

Criação de patos e marrecos

Os patos são criados para aproveitamento da carne, ovos e penas (travesseiros). Podem ser criados ao ar livre, ou em viveiros, e até em galinheiros.
Marrecos tem sido criados há milhares de anos, possivelmente a partir do sudeste da Ásia e Patos-mudos foram domesticado pelos indígenas na América do Sul, e foram encontrados já domesticados quando a América foi descoberta.
Não são tão populares quanto as galinhas porque a relação "custo X quantidade de carne" torna o pato mais caro do que a galinha (por kg).
Patos se desenvovem bem mais saudáveis se tiverem acesso à água.
Eles devem ser alimentados com uma grãos e insetos.
Não se deve dar pão a patinhos novos, pois pode atrapalhar muito seu desenvolvimento.
Hoje incubadoras são bastante usadas, mas patinhos jovens precisam da mãe para o fornecimento de óleo para torná-los à prova d'água.
Quando o patinho cresce, suas próprias penas produzirão o óleo necessário à sua flutuação.
O uso de lâmpadas acesas no viveiro durante a noite, além de aquecer os filhotes, faz com que eles durmam menos, e assim comam mais e, cresçam mais rapidamente.
O tempo de incubação de um ovo de pata é de 5 semanas.
Lagoa do Parque Guinle, no Rio de janeiroPato doméstico branco
Pato ou marreco?

Pato ou marreco?

O corpo dos patos é achatado e fica um pouco mais horizontal. O corpo dos marrecos é mais cilíndrico e fica mais empinado.
Os marrecos emitem um som alto, os patos não.
Os patos possuem verrugas ou manchas vermelhas na cabeça e ao redor dos olhos e seu bico é fino e comprido. Os marrecos têm a cabeça lisa e o bico chato, largo e em alguns casos, mais amarelo.
A cauda dos patos é comprida e parece com um leque. A cauda dos marrecos é pequena e parece um pom-pom.
Na foto ao lado, o da frente é um marreco e o de trás é um pato.
Pato marrom camuflado, com filhotes

A pata ao lado é de um marrom camuflado, assim como os filhotes.
patos de crista

Pato de crista

O pato de crista, ou pato do mato (como o outro), é muito difícil de ser domesticado, pois é rápido e desconfiado.
Pode chegar a uns noventa centímetros de comprimento, ou mais.
Vivo no  Amazonas, Maranhão, Piauí, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso, e em outros lugares da América do Sul.
O macho apresenta uma saliência (crista) na testa. A fêmea não.
pato branco de crista

Pato cristado

À direita, um macho Branco Cristado bica um Campbell Caqui.
Os patos são mais apreciados como produtores de ovos e carne do que animais de estimação porque transformam um gramado rapidamente numa área cheia de lama.
pato do ártico

Pato do ártico

Espécie:Somateria spectabilis
Não é bom caminhando (não mesmo - 3 passos e um tombo), também não é bom voando (bate as asas muito rápido e quase não sai do lugar), mas na água é muito veloz e ágil.
Pode ir a mais de 20 metros de profundidade e ficar sem respirar po até 6 minutos.
Vive na costa do mar Báltico.
Durante o verão, o casal abandona o bando, faz seu ninho e a fêmea choca os ovos, durante um mês inteiro.
Os patinhos (de seis a oito em cada ninhada) começam a nadar logo em seu primeiro dia de vida.
A fina penugem que a fêmea solta para forrar seu ninho é recolhida por moradores da região, para estofar mantas e travesseiros.
 
ilustração de um pato do ártico tomando água


Quando uma ostra atacada cerra a concha fortemente, na ponta do bico do pato do artico, ele mergulha seu bico em água doce, onde o molusco morre e a concha então afrouxa.
ilustração de um pato do ártico sendo perseguido por um urso polar, dentro da água

O pato do ártico pode pegar uma estrela do mar a 20 metros de profundidade.
É caçado pelo urso polar, rapôsa-polar, corvo imperial, estercorário e o falcão ártico.
Na maioria das vezes, o último do bando é alcançado pelas garras do perseguidor.
pato mandarim

Pato Mandarim

Espécie: Aix galericulata
A plumagem do macho é tão colorida e vistosa que recebeu este nome por causa dos trajes magnificos dos antigos mandarins da China.
O macho tem a plumagem muito mais vistosa que a da fêmea, que é marrom.
Ele se exibe para que a fêmea o escolha. Quando ficam juntos, é pra vida toda.
Para fugir dos predadores (como o falcão), o pato mandarim costuma mergulhar.
Embora possa viver em terra, na água e no ar, o pato mandarim anda e corre mal, nada mal e voa mal. Nem mesmo o mimetismo é muito eficaz, pois o macho é muito vistoso.
ilustração de um pato mandarim

O bico é coberto por uma pele fina e mole e rodeado por umas serrinhas, pequenas e finas, que servem de peneira (quase como as barbatanas das baleias).
A comida fica presa na boca, mas a água escorre.

Se alimentam em geral de plantas, que pegam na água ou na lama. Mas também comem bichinhos de concha, camarões, vermes, insetos, peixes, etc.
Gostam muito de água. E  os pés, de três dedos ligados por membranas,  ajudam a nadar , mas um dedo é livre para poder subir em árvores.
Gosta de me empoleirar em árvores, como o pato-bravo, mas é muito menor do que ele.
Vive na Ásia.
Apesar da sua cor marrom deixá-la meio disfarçada no oco de árvores, a fêmea do pato-mandarim é atacada por aves predadoras, como os corvos, que a expulsam do ninho para comer os ovos. Incapaz de se defender, ela foge para construir outro ninho.ilustração da fêmea de um pato mandarim guardando o ninho
patinhos pulando do ninho para a água
Após quatro semanas de incubação, nascem uns doze patinhos.Com poucos dias de idade, eles são arremessados do ninho, para seu primeiro voo e o primeiro mergulho.
Os filhotes logo que caem procuram a proteção do pai, que os aguarda.
A vida nos pantanais é tão perigosa quanto na floresta.


casal de patos mandarim e seus filhotes mergulhando
pato mandarim

A impermeabilidade das penas, que as impede de encharcarem a pele, é garantida por uma secreção oleosa do bico do pato mandarim. Por isso os patos em geral ficam sempre passando o bico em suas penas - para renovar esta proteção.
pato mergulhão

Pato Mergulhão

Espécie: Mergus octosetaceus

Vive em Minas Gerais, Goiânia, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além de algumas cidades do Paraguai e da Argentina.
Tem perto de 55cm de comprimento. O bico é longo, fino e serrilhado, adaptado para capturar peixes mergulhando.
Vive em rios ou ribeirões com corredeiras e cachoeiras, de águas claras, em regiões serranas. Sobe e desce rios encachoeirados à procura de peixes. É uma espécie exigente, a água tem que ser clara e limpa.
Faz ninhos no oco de árvores à beira do rio. Voa baixo pousando em rochas e troncos caídos na água.
É uma espécie rara e algumas das principais ameaças têm sido as alterações de seu habitat, a redução das matas ciliares e a poluição dos rios por garimpeiros, a instalação de hidrelétricas (que transformam rios de correnteza em lagos artificiais).
 

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